QUESTÕES RESPONDIDAS !

Postarei aqui cinco questões respondidas sobre o texto: "Considerações sobre o gênero em Português" capítulo 7, do livro Dispersos de Joaquim Mattoso Câmara Jr.

1. Explique a seguinte afirmação de Mattoso Câmara Jr: "o gênero (...) não coincide necessariamente com a diretriz semântica do sexo, é perturbador e contraproducente tomar essa diretriz como ponto de partida para a descrição da categoria substantiva de gênero". (p 149)

Resposta: para a gramática tradicional há uma certa correspondência entre gênero e sexo, mas gera uma discrepância entre gênero "natural" e "gramatical"; e o gênero, mesmo para esses termos, correspondem somente a uma pequena porção do acervo de substantivos da língua

2. Para Mattoso Câmara Jr,o que é gênero feminino? Dê exemplos que fundamentem a sua resposta.

Resposta: O gênero feminino simboliza uma particularização mórfico-semântica do masculino,uma forma marcada pela adjunção da desinência /a/. O feminino é uma forma marcada e está em desinencia pela forma não marcada do masculino.Um exemplo é a palavra Lobo e Loba

3. Mattoso Câmara Jr, assevera que " não é a flexão do substantivo em princípio, a marca básica de seu gênero".Explique e exemplifique essa afirmação do linguísta brasileiro.

Resposta:A afirmação se leva em conta de que todos os substantivos do português tem um gênero determinado, dependente ou não do contexto.Para poder associar terminações com um dos dois gêneros nominais para estabelecer a proporção de masculinos e femininos em variadas estruturas com fins a uma previsão relativa, mas sem pressupor, em qualquer uma delas um índice morfológico de gênero.

4. No entendimento de Mattoso Câmara Jr, quais são dois aspectos básicos para se levar em conta no tratamento morfológico do gênero?

Resposta: O primeiro é a explicação do principio diretor da indicação do gênero: a flexão do artigo, acompanhada, ou não,de uma flexão no substantivo que o artigo, atual ou potencialmente determina. O segundo aspecto é o processo morfológico da flexão, que consiste na adjunção da desinência -a (/a/ átono final) com mudanças morfofonêmicas, que é preciso depreender e tabular.

5. Para Mattoso Câmara Jr o que é importante na descrição gramatical do gênero?

Resposta: O que é importante para Mattoso na descrição gramatical do gênero é a depreensão do seu principio diretor, assente na flexão de artigo, e o mecanismo flexional por que se expressa a categoria de gênero em português.

TEXTO: Mattoso Câmara e a Língua Oral

Leitura e discussão em sala de aula sobre o texto: Mattoso Câmara e a Língua Oral de Carlos Eduardo Falcão Uchôa da Universidade Federal do Rio de Janeiro.

O texto procura contrastar a obra de Mattoso Câmara ao longo das décadas de 40, 50 e 60 com os estudos de lingüística no Brasil neste determinado período. O lingüista brasileiro inaugura novos rumos com a lingüística mas não deixa de romper com as principais linhas de pesquisas filológicas. Assim o interesse de Mattoso pela língua oral é destacado em oposição aos estudos filológicos, predominantemente identificados com a língua literária. Em sumo, o texto mostra a posição crítica de Mattoso sobre as relações entre língua falada e língua escrita no ensino do Português.

• Mattoso Câmara em 1948 foi o primeiro professor titular de lingüística na universidade brasileira (hoje em dia conhecida como UNB). Concluímos assim, que a lingüística é uma ciência extremamente nova.

• Mattoso continua seus estudos ao longo do tempo e não quebra paradigmas, na qual a ciência só muda quando não consegue mesmo mais explicar novas ocorrências.

• Nos anos 60 os estudos filológicos dominavam no Brasil, ou seja, ciência da linguagem dominante. O foco de análise principal, era a análise literária.

• Em seus estudos Mattoso, estudava a língua sob a perspectiva diacrônica e sincrônica, porém pensar na língua em uma perspectiva é negar a outra.

•Antenor Nascente: os falares dos Brasil (livro), tentou fazer uma primeira caracterização de como eram os falares no Brasil. Caracteriza o falar brasileiro, só que recebeu muitas críticas com relação ao falar de Minas Gerais, sendo considerado não característico.